Wednesday, July 15, 2009

Sarney é Sarney

Luis Nassif
O Blog da mídia

Sarney é Sarney desde que entrou na política. O que armou e aprontou depois de deixar a presidência é de conhecimento amplo da mídia e estava ao alcance desde as primeiras aventuras, ainda mais se tratando de um ex-presidente - o que justificaria o interesse jornalístico.

Nada se fez durante vinte anos. Permitiram-se abusos no Amapá, no Maranhão, permitiram que sua influência abatesse governadores eleitos, derrubados por motivos menores. Os ecos de suas aventuras rodavam todas as redações, desde as estripulias de Jorge Murad e Saulo Ramos, no seu governo, à ligação permanente com Edemar Cid Ferreira ou o escândalo da Cemar.

Mesmo assim, durante décadas mereceu todo o cuidado por parte da imprensa, e um carinho e proteção especial da Folha. O Otavinho sabe a razão.

Agora, esse tiroteio infindável contra ele não tem razões nobres. A mídia fez o mesmo em todos os momentos anteriores da vida nacional. Cria o clima, levanta a bola de quem quiser se apresentar como o vingador e vai gerando fatos, tirando os escândalos que lhe interessam da gôndola do supermercado e mandando bala.

Os verdugos de Collor apareceram na CPI das Empreiteiras. O Catão de hoje é o mandrião de amanhã. E, em todos os momentos, são meramente peças que servem ao jogo de poder da mídia. Para se ter uma ideia desse jogo limpo e asséptico, o Catão do momento é Arthur Virgílio, ator tão completo que é capaz de se escandalizar com aquilo que ele mesmo pratica.

Esse é o ponto central.

Hoje em dia o maior poder do país, aquele sem o menor limite, sem os contrapesos fundamentais da prática democrática, se chama mídia. Ela é a única capaz de intimidar o Judiciário, o Executivo, assassinar reputações. O caso da Veja foi apenas uma amostra desse jogo. Juízes que se colocam contra, desembargadores, ministros, políticos, são fuzilados inapelavelmente. Bastava uma fonte não se mostrar de boa vontade para ser fuzilada com adjetivos ou com factóides. Nem se fale dos interesses maiores, expostos agora nesse lamaçal em que se tornou o gasto com Educação de diversos estados - que passaram a adquirir maciçamente material de editoras jornalísticas como compra de proteção.

O caso Satiagraha acabou sendo o retrato acabado da impunidade no grande jogo de informações acoplado a negócios.

Não havia limites para esse poder até o florescimento de novas mídias, da era da informação, criando um paradoxo curioso: se o Senado se tornar transparente, se se moralizar, se abrir suas contas, o país ganha e a mídia perde. Seu poder reside na falta de transparência da sociedade. É o que permite a ela se tornar “dona” da informação, selecionando as que melhor lhe convem ou editando de acordo com suas conveniências. É por isso que todas as campanhas midiáticas visam pessoas e escândalos pontuais - levantados de acordo com as conveniências do momento - e não mudanças capazes de impedir a perpetuação do erro.

Qual seria o poder da mídia em ambientes transparentes, onde não desse para armazenar escândalos e utilizá-los em benefício do seu jogo político particular? Qual seria o poder se, de repente, instituições assumissem seus erros, mas enfrentassem a mídia sem medo?
O caso Petrobras é emblemático e cria uma dinâmica fantástica, no bojo da Internet.

Com seu Blog, a Petrobras se amarrou a um compromisso: o de não mais deixar perguntas sem respostas. Internamente, significará o fim dos feudos, a obrigação de todos os departamentos de fornecer a informação solicitada.

Esse modelo vai se expandir, se expandir até chegar na mídia. É inexorável. Quando chegar, alguns grupos jornalísticos terão condições de abrir o jogo, de responder às dúvidas dos leitores?
Hoje em dia, o conjunto de conhecimento acumulado na Internet é maior do que aquele controlado pela mídia. O mundo mudou. A mídia terá que mudar.

Aí cada jornal terá que criar seu Blog, não apenas para discutir suas matérias, mas seus interesses empresariais ou políticos por trás de cada campanha.

Monday, October 22, 2007

O sentido da vida!

Quero sempre lembrar das palavras de Morrie. (Professor Norte Americano de filosofia e psicologia social, no qual inspirou o livro – A última grande lição, o sentido da vida, do autor Mitch Albom).

“O ser humano acredita que é eterno e por isso esquece de fazer as coisas certas: não ama, não se doa, não sorri, vivem enfezados, mal humorados, não se abraçam, não se sentem, nem se percebem, muito menos realizam trabalhos voluntários na comunidade ou dentro da própria casa, etc”.

E se soubéssemos que viveríamos apenas mais 24 horas, o que faríamos com o nosso dia?

Então pensaremos em qual caminho seguimos, no que não realizamos, dos projetos que ficaram pelo meio do caminho, de tudo o que desistimos, no resultado que tivemos e na vida frustrante que fizemos por concretizar. Mas, a esta altura, o que importa, já é tarde demais; o pouco tempo que nos resta não permite que "consertemos" tudo o que precisamos.
O que fizemos com o nosso tempo, se desperdiçamos ou não, se fizemos da vida uma futilidade, se bem ou mal aproveitamos, não irá fazer mais diferença.

Quem sabe em uma próxima vida saibamos exatamente o que fazer para melhor saboreá-la.
Procuremos fazer de nossas "últimas 24 horas" o melhor momento de nossas vidas. Porque é só ela que temos, e é só do presente que se vive.

Temos por crença viver os dias acreditando que amanhã será o dia da colheita: hoje trabalho e planto e amanhã colho.

Então trabalhamos para que um dia, longínquo, quem sabe, possamos desfrutar de nossa labuta; mas esquecemos que o tempo não pára, ou seja, não espera que ganhemos todo esse dinheiro para que depois nos permita voltarmos uns quinze anos, para que tenhamos o pique e a juventude necessária de gozá-los em plena saúde.

Ou então, vivemos presos ao passado, nostálgicos, lembrando dos momentos agradáveis que tivemos. Muitos dizem: "Há, como eu era feliz e não sabia".

Não lembramos de que há apenas duas coisas que não são verdades neste mundo: o passado e o futuro; porque vivemos, verdadeiramente, apenas do presente.

A cultura deseja que acumulemos, acumulemos e acumulemos. Com qual propósito?

Este é o mau do ser humano: acreditar de que isso é necessário para se viver bem, o que nos faz esquecer do que precisamos de verdade.

Civilizações ameríndias viveram com o produto da caça e da pesca, e mesmo assim, extraindo somente o necessário. Tinham a consciência de que precisavam viver em harmonia com o meio ambiente e a natureza, pois sabiam que se abusassem, não teriam mais como sobreviver, pois um depende do outro - questão essa que até hoje não levamos a sério e que já podemos perceber as conseqüências de nossa soberba com a relação na natureza, os tsunâmis, furacões, terremotos, inundações, etc.

Enquanto os índios viveram por milhares de anos e com um grande número de habitantes até a chegada dos colonizadores - no qual praticamente exterminaram este povo, pois não "serviam" para habitar esse planeta -, eram muito desapegados, tanto é verdade que não foi possível nem escravizá-los, pois pouco dispunha de seu tempo para o trabalho, concentrando-se em seus esforços aos ritos religiosos e ao bem estar.

A sociedade vive apressada, literalmente batendo cabeça, porque, como disse o Professor Morrie, buscam o que precisam no lugar errado, e assim não sabem do que necessitam e qual o caminho certo a seguir.

O que nos é fundamental? Alguém poderia, por favor, me dizer? Ninguém mais sabe!

Eu preciso de um tecido para me vestir ou de uma calça de R$ 400,00?

Precisamos de alimento, mas desejamos um mousse de chocolate. Ficamos confusos e não temos certeza de quais são as nossas necessidades.

O celular que tira fotos já está praticamente fora de moda. Todos os dias observamos um novo modelo no mercado, com novidades que despertam no consumidor o desejo da compra, porque o modelo é menor ou tem uma melhor resolução de imagem para foto, além de gravar por mais tempo.

Será que é disso que precisamos? O que eu sei é que custa caro e muito caro para a vida e a saúde manter o sentido de poder que a sociedade impõe, o que inclusive fará com que esse mesmo aparelho celular tão desejado há meses, se torne obsoleto, retornando ao consumidor aquele ciclo feroz de buscar outra novidade.

Pelo que eu saiba a função de um celular é ligar e receber ligações, nada mais.
O resto é balela, produto de marketing, que é fresquinho a cada semana com o único objetivo de alavancar as vendas.

Lembro-me de que há aproximadamente sete anos um celular custava em torno de R$ 2.000,00 e poucas pessoas possuíam. Atualmente é o celular chamado de "tijolo", devido ao seu peso e tamanho, o que era principalmente, de péssimo sinal (as pessoas ficavam girando o celular no ar para conseguir se comunicar), e mesmo assim esbanjavam, todas orgulhosas de seus brinquedinhos que lhe atribuíam, um certo sentido de poder perante a sociedade.

Compramos para o outro e não para si mesmo. Os bens materiais são adquiridos para que os outros admirem e não para a sua própria necessidade. São exclusivamente para que os outros vejam e assim você acredita que esteja comprando respeito.

"Olhem meu carro novo", "o meu celular novo", "meu tênis novo", "minha roupa nova".
O carro por ter uma cor branca já é desvalorizado (devido à mesma cor de um táxi), mas é valorizado se tiver como acessório uma roda brilhante, chamada de liga-leve.

Então eu pergunto: com uma roda de ferro simples, o veículo não se movimenta da mesma forma?

E o que fazemos com o "poder" adquirido?

Seu chefe procura ser simpático com o diretor da empresa, que o verá sempre como um subordinado, e você, subordinado desse chefe que procura ser simpático com o diretor da empresa, sempre o verá como uma pessoa mesquinha, que sorri a quem convém. Hipócrita!
Na verdade, não acreditamos que a morte um dia vai chegar para todos.

Até que esse dia efetivamente chegue e morreremos e em pouco tempo teremos a nossa matéria consumida pelos vermes, eu pergunto: do que vale todo esse "poder" se não poderá ser usado ao meu favor eternamente?

"O avarento gasta mais no dia de sua morte do que em dez anos de vida, e seu herdeiro gasta mais em dez meses do que o avarento em sua vida inteira".(Jean de La Bruyère)

Resultado: trabalhamos mais, acordamos cedo, nos alimentamos mal, constantemente ficamos doente por causa da rotina estressante de um trabalho mal remunerado, ficamos nervosos com o trânsito, mal falamos com as pessoas de nossa casa, devido à falta de tempo.

Perdemos o contato com os amigos, ficamos desorientados e neste momento já estamos abduzidos pelo mercado como um mero objeto de consumo.

Então eu digo: Oba! Venham todos! Sejam bem-vindos ao maravilhoso século XXI. O ano das inovações tecnológicas e também da depressão humana.

O custo x benefício é extremamente negativo.

Nos afastamos dos amigos, da família. Não pensamos em nosso corpo e em nossa mente, não realizamos atividades esportivas, não fazemos exercícios, não nos preocupamos com o nosso bem estar.

Como exemplo, vejo o que é feito na maioria pelas mulheres, no qual sentem uma necessidade constante em emagrecer, pois é este o padrão de beleza que a sociedade impõe, de que uma mulher só é bem vista e bonita se for magra.

Então o que fazem para emagrecer. Exercícios? Alimentação balanceada? Têm paciência em obter resultados de uma forma saudável? Não!

Desejamos resultados do dia para a noite. Decidimos terminar com nosso "sofrimento", visível a todos, pela flacidez exposta, em no máximo dois dias.

Então se enpantufam com drogas, que causam dependência, tornando-se anorexias, com bulimias, o que fazem de nosso país o número um no consumo de drogas para emagrecer.

Parabéns ao Brasil, somos mais uma vez o país número um.
O que acho de tudo isso? Pura bobagem!!!

Pobres pessoas. Mal sabem que são meros instrumentos de indústrias farmacêuticas e de outros segmentos que indiretamente lucram com a paranóia humana. O que precisamos para ser belo não está na magreza, no rosto afinado, das costelas saltadas. Mas sim, na plenitude do espírito, a preparação da nossa alma para todo o sofrimento que passamos constantemente em vida.
Deveríamos olhar esse "sofrimento" como algo necessário para que tenhamos conhecimento e saber, pois é através da experiência cotidiana que nos tornamos seres evoluídos, melhores e podemos sentir o sabor da vitória e conseqüentemente, encontrarmos a beleza.

As boas realizações são desenhadas de dentro para fora. Ninguém é mais belo do que aquele que sorri, que tem um olhar brilhante, no qual reflete a alma humana.

Todos nós somos lindos, mas a sociedade de consumo quer dizer o tempo todo que você está feia (o), gorda (o) e se você não mudar, sua vida vai ficar uma droga.
Ninguém mais iria ganhar dinheiro se a mídia não conseguisse te convencer.
Precisamos consumir, consumir e consumir!
Consumir produtos de beleza, dos mais diversos, comprar a "melhor roupa", a televisão de 52" de plasma, o MP4, o Playstation, etc.

Como ficariam aqueles que necessitam de nossa "inteligência" para ganhar dinheiro?
Somos capazes de fazer o que quisermos.

Basta descobrirmos a beleza que cada um tem dentro de si. Automaticamente irradiaremos a tudo a e todos.

Observe uma pessoa que não tem o "padrão de beleza da sociedade". Se ela é feliz e vive constantemente com o sorriso estampado no rosto - mesmo que ouça dos outros que não tem uns dentes tão bonitos assim para escancará-los ou que não são dentistas para ficarem sorrindo o tempo todo, com todas essas brincadeiras - , torna-se impossível não reconhecê-lo como um ser bonito, lindo, dos mais belos.

Nos tornamos lindos ao sorrir!!! É só abrirmos um belo sorriso, sermos amáveis com todos e alegres com a vida que temos, e logo, toda a beleza individual resplandecerá no coletivo, cativando a todos.

Acreditamos piamente que temos a certeza e convicção do que precisamos para que nossa vida seja um sucesso, de todos os objetivos a serem traçados e de que, principalmente, já são bem claros em nossa mente.

Quer que eu adivinhe quais são todas essas “certezas”?
Pois bem! Acreditamos que só precisamos ganhar dinheiro, comprar um carro do ano, uma casa, ganhar mais dinheiro, comprar um apartamento, casar, termos filhos, ganhar mais dinheiro.
Quando nos damos conta da vida que levamos, já é tarde: ficamos doentes, sem dinheiro, sem amigos, convivendo com a solidão.

Não conseguimos mais dialogar com a família e então definhamos, morremos quase que sozinhos, tendo como único confidente o médico que cuida de nossa saúde debilitada.

E mesmo rodeado de filhos e alguns colegas, sentimos em nosso ser a solidão e a frustração das poucas realizações na vida, do que não conseguimos concretizar, de que não representaram nem a metade de tudo aquilo que desejávamos.

Se não frearmos o impulso compulsivo da cultura de massa, é este o fim que teremos.
Não acompanhemos a massa.

O cidadão do século XXI tem por característica desvalorizar com muita rapidez e facilidade o que adquire - resultado de uma neurose causada pela sociedade de consumo.
O que precisamos é de valorizar o amor entre as pessoas, de oferecermos um pouco mais do que somos, de nosso calor, de nosso abraço, de nossa amizade, enfim, de nossas palavras, não precisamos de muito! Nem de sermos ricos para oferecer o que somos, nem precisamos demonstrar o que temos - exibindo o carro moderno ou o melhor dos aposentos. Precisamos apenas que nos façamos presentes.

Valorizemos o nosso semelhante, no mais fundo de seu ser e dessa forma também nos valorizamos e teremos o reconhecimento do que somos de quem realmente importa, que é aquele que recebe a nossa poção de amor.

É automático o sorriso naquele que recebe um sorriso; é automático à vontade de abraçar daquele que recebe um abraço.

Façamos o mínimo. Não precisamos de muito, pois é através dos pequenos gestos que reconhecemos a grandeza do ser humano.

Concordo plenamente com São Francisco de Assis: "É dando que se recebe". E o mais importante é sentir o poder dessas palavras no coração e praticá-las.
Não desperdicemos o que temos de mais valioso, que é o nosso tempo. A todo segundo podemos emanar amor, contagiar a todos que nos rodeiam e assim mudarmos o mundo em que vivemos. Se não podemos mudar todo o mundo, mudemos o nosso mundo.
Agindo assim, abraçaremos a causa do que somos e caminharemos na direção correta, do que deve prevalecer sempre, que é o amor. Para viver bem é preciso saber morrer. Preparando a nossa matéria para a morte - que é inexorável a todo ser humano – podemos nos tornar seres desapegados e, ao compreendemos essa idéia, nos tornaremos o símbolo do amor, da solidariedade, da fraternidade e da paz.

O maior Feito Humano

Se pudéssemos optar em termos vindo ao mundo em determinado período, nos sendo apresentado as opções, qual delas escolheríamos?Preferiríamos termos nascido na Grécia antiga, civilização nascida há 2.000 anos a.c? Nos períodos das grandes navegações em que representaram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do mundo conhecido até então? Teríamos escolhido conhecer Santos Dumont, o pai da aviação que em 2006 completaria cem anos? Ou preferiríamos uma prosa com Albert Einstein, de família judaica, nascido na Alemanha em 1879, no qual tornou-se “pai” da teoria da relatividade e que acabou morrendo de desgosto por saber que uma de suas invenções – a energia nuclear – tenha auxiliado na criação de orgivas nucleares para promover as grandes guerras mundiais?
Os exemplos citados nos mostram o quanto o homem é capaz de evoluir, desenvolvendo a mente criativa em busca de desenvolvimento e reconhecimento dos maiores feitos da raça humana. E, por ironia, este mesmo impulso tecnológico cada dia mais intenso foi e é o maior motivo de nossa própria destruição.Estudos apresentados por Angelino Ahmed Djoghlaf, secretário geral da concenção, e por Marina Silva,na 8° Conferência das partes da convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, em Curitiba, nos revela que nos últimos 25 anos previram uma mortandade sem precedentes nos últimos milênios para as espécies animais e vegetais da Terra.A pesquisa mostra que 40% da população de 3.000 espécies desses seres vivos sumiram e a maior parte desse fato é causado principalmente pela ação humana.
Os dados, que estão num relatório das Nações Unidas, deixa poucas dúvidas de que o planeta está à beira de uma grande onda de extinções tão grave quanto a que acabou com os dinossauros.A falta de harmonia e a severa agressividade contra a natureza são, entre outros fatores, o que nos conduz à destruição em massa.Somos responsáveis pelo o que inserimos de corpo estranho no planeta em que vivemos e a natureza, sabiamente, nos responde imediatamente pelo feito de nossas ações.Tudo isso está presente nos furacões avassaladores, nos tsunamis, terremotos e maremotos.Falta consciência ao cérebro desenvolvido.O que nos vale termos descoberto os alimentos transgênicos, os clones animais, o estudo com células tronco, se perdemos a capacidade de compreender que não podemos maltratar o que nos ama incondicionalmente e nos oferece o que tem de melhor? A natureza sempre nos emprestou com todo amor a sua casa, sua comida, sua cama. E qual é a retribuição? Retribuímos estuprando seus filhos, sua mãe e seus irmãos.Escolho ter conhecido o período de maior conscientização humana, período em que possamos utilizar do que nos é oferecido gratuitamente, com muito amor e é assim que deveríamos retribuir.
Teríamos uma vida mais saudável e prolongada, um céu mais limpo, uma relva mais bonita, um mar mais azul, tão visível e transparente quento a vida de cada um, sem ganância, sendo utilizado do suficiente, sem disputas e vinganças.Não desejaria ter conhecido essa tecnologia asfixiante que aos poucos nos vai privando da liberdade, nos condicionando e reprimindo a população mundial em uma máquina capaz de nos fazer virar pó em apenas alguns segundos. Isso é, infelizmente, o maior feito humano.

Objetivo da ética humana

O ser humano move-se ao encontro da felicidade. Procuramos a satisfação de inúmeras formas, seja com um bem material, uma realização profissional ou qualquer outro modelo de desejo.
Em todo objetivo encontramos algo em comum: a busca de maior expressão que é sermos felizes. Mesmo uma ação indevida é mediada pelo que seria melhor naquele momento, ou seja, visando um ato benéfico.
Somos formados de inúmeros sentimentos e emoções, dos quais são conduzidos pela razão ao encontro de nosso objeto de desejo. Em uma sociedade moderna, esse ideal está cada vez mais condicionado a fatores coletivos, do bom convívio com o semelhante.
E é neste conflito do ser individual com o coletivo que podemos detectar os diferentes caminhos para obtenção da felicidade. O que torna o ser humano diferente dos outros seres é a possibilidade de fazermos escolhas, de planejar as próprias ações.
O poder de raciocínio ganha dimensão com a filosofia, que nos ajuda a pensar sobre a própria vida. Aristóteles foi um dos primeiros pensadores filosóficos a falar na ética, dedicada a pensar as ações humanas e os seus fundamentos.Essas escolhas com o auxilio do pensamento sobre as ações nos remetem ao que determinamos como liberdade.
Dessa liberdade foi criada a lei, que rege o exercício da liberdade. Atualmente o ser humano vive em constante conflito com o princípio de sua existência: o não matar! Se existe em nossa sociedade homicídios, assassinatos, extermínios realizados pelo próprio ser humano ao seu semelhante, existe também um desrespeito à lei, que rege o exercício da liberdade. Encontramos uma ação inversa ao propósito humano.Essas ações moveram o ser humano ao desenvolvimento de diversas normas, estatutos e criações de instituições públicas e privadas a fim de garantir a segurança do indivíduo.Porém temos no decorrer da história inúmeros casos em que essas instituições foram severamente desrespeitadas, como por exemplo: rebeliões em presídios pelo país e fuga de detentos das penitenciárias. Essas são as situações que, em um momento e outro, presenciamos nos noticiários nacionais.
O que precisamos para que encontremos a felicidade, mesmo que tenhamos uma segurança pública que caminhe em perfeita harmonia com os direitos humanos, é que sejamos cidadãos menos gananciosos e mais conscientes da necessidade em valorizar e preservar a vida humana, auxiliando o próximo, respeitando o seu semelhante, as suas diferenças, sem que haja a necessidade de tirar a vida do outro devido à disputa por tomada de poder. Um povo justo e fraterno é formado sem que haja a necessidade do derramamento de sangue.
Desta forma estaremos respeitando a si mesmo, ao próximo, às leis que foram estabelecidas para assegurar o exercício da nossa liberdade e, consequentemente, ampliando as nossas possibilidades de felicidade, que é o maior objetivo de todo ser humano.

Monday, July 31, 2006

Paradoxo da Vida!!!

A necessidade de nos sentirmos incompletos nos faz refletir no paradoxo da vida. Nunca estamos satisfeitos. Se nos falta algo, ao conquistarmos não sentimos esta lacuna plenamente preenchida; e ao conseguir é como se perdesse a “graça”, pois já conseguimos. Precisamos de um “espaço vazio” dentro de nós no qual tenhamos motivos para seguir em frente.
Pensar no que falta, nos problemas que muitas vezes criamos, pois precisamos deles, de que existam. Também dos inúmeros obstáculos no trabalho, na faculdade, com as imposições das doenças, saudades, tristezas, alegrias que vivemos ou estão por vir, conquistas materiais ou espirituais. Precisamos de tudo isso para que nossa vida tenha sentido.
Viver perderia a “graça” caso não tivéssemos mais o que buscar. Conquistei o que queria, e agora o que fazer? Por isto a morena quer ser loira, a baixa quer ser alta, o magro quer ser gordo.
Nunca estamos plenamente satisfeitos com o corpo querendo mudar isso ou aquilo, assim como acontece com as coisas materiais e mesmo assim ao conquistarmos ainda nos sentimos incompletos, faltando algo.
E assim segue o paradoxo da vida.
Se sou gordo, quero emagrecer, mas se fosse o contrário, desejaria engordar.
Uma necessidade inerente ao ser humano, enraizada em nosso ser, independente do que somos e temos. Sempre desejamos o que não vemos, o que não conhecemos e o que não possuímos.
Portanto, como podemos afirmar que somos felizes plenamente e ponto?
Pois este sim é nosso maior motivo de conquista na vida, dentre todos os objetivos a serem alcançados. Se não sentimos que somos 100% preenchidos porque precisamos deste “espaço vazio” para que continuemos a dar sentido as coisas, temos uma incompreensão do significado da certeza do que é a felicidade.
A lacuna criada pela nossa mente nos mantém acesos a uma realidade que nos remete a uma necessidade de carência e insatisfação a fim de que nos mostre uma direção, um caminho a ser traçado.
Desejamos o que não temos. O que desconhecemos é o que queremos. Experimentar o que não foi provado por ninguém, ser o primeiro, único, descobridor de determinado conhecimento, função, acontecimento, situação. Isso nos torna felizes, mesmo que não dure para sempre.
Almejamos o que não temos a fim de que tenhamos em que nos apegar, chorar, alegrar, objetivar, desejar, esperar, faltar, despertar, pensar, amar, viver.
E neste sentido seguimos a caminhar. Sobrevivendo e compreendendo o porquê de nossa imperfeição.

Junior Barreto